O dropshipping vem se tornando um dos principais métodos utilizados no e-commerce e, em tradução literal para o português, significa “largar a remessa”. Nesse modelo, quando uma empresa adota o dropshipping, outra companhia cuida de parte ou de todo o estoque de produtos.
Assim, o termo é usado para descrever empresas que se responsabilizam pela venda dos produtos, mas contam com fornecedores para enviá-los diretamente ao cliente. Ou seja, uma loja promove a venda online sem estoque. Dessa forma, o e-commerce atua basicamente como um intermediário nesse processo.
Quer saber mais sobre essa modalidade do e-commerce? Continue acompanhando este conteúdo até o final. Boa leitura!
O que você vai encontrar nesse artigo?
Como funciona o dropshipping?
O dropshipping se trata de uma loja virtual sem estoque e opera da seguinte maneira:
- O cliente realiza a compra online, escolhendo seus produtos no site;
- Quando o pagamento é confirmado, o pedido é transferido para um dos fornecedores;
- O fornecedor, que possui os produtos em estoque, separa os itens escolhidos pelo cliente;
- Os produtos são enviados ao cliente por uma transportadora ou pelos Correios;
- O cliente recebe o pedido.
A imagem abaixo mostra como o processo da loja online sem estoque funciona de forma ainda mais simplificada:
Cabe ressaltar que, em alguns sites, esse processo é mostrado de maneira transparente para que o cliente saiba como é realizado e quem é o responsável por cada etapa. Em outros casos, o cliente não tem contato com o fornecedor.
Muitas vezes, o cliente não percebe que essa prática é utilizada, pois não interfere diretamente em sua compra. O e-commerce dropshipping é responsável por atrair clientes, gerenciar as vendas e prestar atendimento. Esse processo é acordado entre o e-commerce e o fornecedor.
Principais vantagens do dropshipping
Entre as vantagens do dropshipping, ou seja, vender sem ter estoque, destacam-se:
- Baixo custo: a venda pode ocorrer apenas por meio de um site, reduzindo gastos com infraestrutura.
- Facilidade de gerenciamento: a empresa terceiriza parte ou todo o estoque de produtos, simplificando a gestão.
- Flexibilidade: permite realizar vendas em diferentes locais, pois o site pode ser acessado de várias cidades, estados e países.
- Eficiência na entrega: cada empresa envolvida no processo cuida de uma parte específica, otimizando a logística.
- Variedade de produtos: um e-commerce pode ter diversos fornecedores, oferecendo uma ampla gama de produtos em sua página. Isso permite atender a diferentes públicos e perfis de clientes, aumentando o volume de vendas.
Devido a essas vantagens, o dropshipping tem sido cada vez mais utilizado nos últimos anos. No entanto, também existem algumas desvantagens que devem ser consideradas antes de adotar esse modelo de negócios.
Desvantagens do dropshipping
Confira abaixo as principais desvantagens desse tipo de operação:
- Baixa margem de lucro: a margem de lucro é dividida entre os fornecedores e o e-commerce.
- Pouco controle logístico: o prazo de entrega, o preço do frete e a disponibilidade dos produtos podem ser problemáticos, dependendo da região de atendimento e dos fornecedores parceiros da loja virtual.
- Problemas de comunicação: se não houver integrações eficientes entre o e-commerce e o fornecedor, o cliente pode ser mal atendido em caso de problemas com o produto.
- Ausência de controle no processo: o e-commerce é responsável apenas por enviar os itens solicitados para a transportadora e não tem controle sobre partes importantes do processo.
- Falha no rastreamento dos pedidos: algumas transportadoras não possuem ferramentas que permitem acompanhar, em tempo real, o status das entregas, o que pode prejudicar o atendimento.
- Gestão de fornecedores: trabalhar com vários fornecedores exige tempo para gerenciar e integrar cada um deles.
💡 Para entender melhor cada vantagem e desvantagem, confira este artigo do E-commerce Brasil.
O que acontece se o produto tiver que ser devolvido ou trocado?
No modelo de dropshipping, o fornecedor é responsável por devolver ou trocar o produto. Você deve agir como intermediário entre o fornecedor e o cliente, garantindo que a troca ou o reembolso seja realizado.
Em alguns casos, o cliente pode não perceber a presença do fornecedor. Por isso, é muito importante garantir ao cliente um prazo específico para resolver o problema, mesmo que você não controle diretamente esse processo.
Afinal, vale investir em dropshipping no marketplace?
Vender em marketplace sem estoque é uma boa? Bem, para quem está abrindo um e-commerce próprio e quer minimizar despesas, o dropshipping pode ser uma ótima opção. No entanto, aplicar esse método em marketplaces é uma péssima ideia.
Usando dropshipping em marketplaces, o vendedor pode perder seu poder de controle, já que não gerencia o estoque. Se um determinado produto se esgota ou sofre alguma alteração, cabe ao vendedor atualizar manualmente todos os anúncios em cada marketplace onde está vendendo, para mantê-los atualizados. Isso exige fiscalização constante do fornecedor e, com muitos anúncios diferentes, demanda muito tempo que poderia ser gasto em estratégias de negócio.
Além disso, durante datas sazonais, como o Dia do Consumidor, o fornecedor pode não estar preparado para atender à alta demanda nos marketplaces. Assim, os produtos podem esgotar rapidamente, fazendo o vendedor perder a oportunidade de aumentar suas vendas por falta de estoque.
A comunicação limitada com o fornecedor também pode prejudicar o atendimento ao cliente. Prazo, frete e condições de entrega podem ser afetados e, em caso de desistência, o processo de devolução pode ser complicado, já que o vendedor possivelmente terá que arcar com os custos de frete para o retorno do produto.
No caso de produtos importados, o problema pode ser ainda maior, pois as mercadorias podem ficar retidas na alfândega e o preço pode sofrer alteração ao chegar no Brasil.
5 passos para começar a trabalhar com dropshipping
Para começar a trabalhar com dropshipping, você deve se atentar a algumas questões. Entre elas estão:
1. Análise de mercado e público alvo
Realize uma análise de mercado para entender, de acordo com seu público-alvo e experiência, quais são os principais itens e produtos que você deve oferecer. Isso é de extrema importância porque, ao focar em um público específico, sua comunicação se torna mais eficaz, permitindo a criação de uma comunidade engajada.
2. Registre um domínio e crie um site
Registre um domínio próprio, crie um site e otimize-o usando boas práticas de SEO. Torne o site responsivo e atrativo, preocupando-se tanto com o Google quanto com a experiência do usuário. Uma boa experiência do usuário também melhora sua relação com os mecanismos de busca.
3. Encontre um provedor para o seu e-commerce
Sites para dropshipping: escolha um serviço de hospedagem para seu e-commerce que ofereça backup automático, certificado SSL e outras vantagens que melhorem sua reputação online.
4. Escolha bons fornecedores
Selecione os fornecedores com os quais você pretende trabalhar para oferecer os produtos disponíveis no estoque deles. Adicione esses produtos ao seu site para fazer dropshipping. Ao buscar fornecedores, priorize:
- Checagem de confiabilidade;
- Tempo de processamento do pedido;
- Bom gerenciamento de estoque;
- Variáveis logísticas.
Lembre-se: se o estoque de um determinado produto acabar, suspenda o anúncio e informe que o item está esgotado para evitar vendas sem disponibilidade.
5. Faça integrações
Realizar integrações e automatizar processos no site é essencial. Tente automatizar o máximo possível, desde a escolha do método de pagamento até a parte operacional do seu e-commerce. Distribua seu tempo de maneira eficiente para focar mais na estratégia do negócio e menos na operação diária.
💡 Leia também: 7 benefícios de um hub de integração para quem vende em marketplace
Agora que você entende melhor sobre como ser dropshipping, compartilhe com os sellers que conhece para que eles também conheçam o dropshipping.
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