Muitos empreendedores optam pelo e-commerce na hora de abrir um negócio, e não é à toa. Em geral, esse modelo é mais barato quando comparado a uma loja física, além de ser escalável: não há fronteiras para o crescimento do empreendimento. Mas isso não quer dizer que não há gastos corporativos: eles existem e merecem uma atenção especial do empreendedor. Sem uma eficiente gestão de gastos no e-commerce, é impossível crescer de forma saudável.
Muitos empreendedores, no entanto, têm dúvidas, como: quando e por onde começar? Quais são as melhores práticas? O que evitar?
Para esse texto, portanto, convidamos a Conta Simples e sua parceira, a empreendedora digital e criadora de conteúdo Rebecca Melo, para a criação de um Guia prático da gestão de gastos no e-commerce. Vamos lá?
O que você vai encontrar nesse artigo?
Quais são os gastos do e-commerce?
Não é preciso começar com muito no universo do e-commerce. Rebecca Melo, que também é consultora de Marketing Digital, chama atenção para os principais gastos para quem está se aventurando no universo das vendas online.
A especialista explica que existem aquelas despesas que são fixas e estão presentes em todo e-commerce, independentemente do segmento. Além desses gastos, existem os que sofrem variações. Elas são de toda ordem: variam de acordo com o tipo de loja e também em relação aos meses e anos, ao volume de vendas etc.
A expert em vendas online explica quais são esses gastos, sua natureza e o valor de cada um.
Despesas fixas
Quais são as principais despesas fixas do e-commerce? Melo destaca:
- Domínio: é preciso pagar pelo endereço online da sua loja virtual. De acordo com Rebecca Melo, o valor do registro do domínio gira em torno de R$40,00 ao ano;
- Plataforma: trata-se do local em que acontecerão as operações da sua loja online. Ela é indispensável e tem um custo médio de R$50,00 ao mês, segundo Melo;
- Custo de regularização do negócio: “Se você for começar como Microempreendedor Individual (MEI), que é a forma mais básica de começar, você vai ter um gasto de 60 e poucos reais”, diz Rebecca Melo;
- Equipe ou apoio: caso você contrate uma pessoa ou uma equipe para te ajudar, é necessário considerar esse custo mensal e suas implicações.
Despesas variáveis
Entre aquelas despesas que dependem de uma série de fatores, Melo exemplifica:
- Budget para anúncios: o valor destinado aos ads depende do momento do negócio, de suas prioridades e de seu público. Para a especialista e consultora em Marketing Digital Rebecca Melo, essa quantia será crucial para o sucesso da loja online;
- Embalagens: quem vende online pode entregar para o Brasil (ou mundo) inteiro. Para isso, não podem faltar embalagens que serão distribuídas pelos Correios, por transportadoras e outros modelos de entrega. Esse valor depende, é claro, do volume de vendas;
- Materiais administrativos: colocar todos os gastos na ponta do lápis é também considerar cada folha de papel, cartuchos de tinta, folhas de papel etc. É possível, e até necessário, estimar o valor que será gasto, mas o valor final depende do volume de vendas daquele determinado período.
Rebecca Melo pontua que o frete também entra como um gasto, mas, em geral, é embutido no valor dos produtos ou fica a cargo do consumidor. A forma de pagamento – a taxa do cartão, por exemplo – é outro exemplo de gasto atrelado ao produto.
O que é a gestão de gastos no e-commerce?
A gestão de gastos passa pela identificação de todos os gastos e também pelo seu pagamento. O objetivo é alcançar o custo mínimo possível, sem afetar a qualidade do produto ou serviço.
Para Rebecca Melo, a boa gestão de gastos é ainda a melhor amiga da precificação. Afinal, é identificando todos os gastos com que o empreendedor precisa arcar que será possível diluí-los no preço final.
Erros na gestão de gastos
A especialista em e-commerce e Marketing Digital Rebecca Melo listou os três principais erros de quem está começando um negócio vendendo online. Confira:
- Não ter organização financeira: “Muitas vezes, o empreendedor nem sabe quais são todos os seus custos”, explica Melo. Segundo ela, o primeiro passo é ter essa clareza sobre todos os gastos, é preciso saber o que está entrando e o que está saindo;
- Não considerar os custos na etapa de precificação! Na hora de definir o preço final do produto, é preciso considerar mais do que apenas o seu preço e a margem de custo. Todos os gastos fixos e variáveis precisam entrar nessa conta;
- Misturar os gastos pessoais com os da loja online: “Você acha que todo o dinheiro que você ganha, que você lucra, é seu. E na verdade, não, é do negócio”, reforça a expert.
Não vale a pena economizar em…
Gerir gastos é também priorizar alguns custos em detrimento de outros. Para Rebecca Melo, parceira da Conta Simples, o empreendedor da era digital precisa concentrar esforços em:
Tráfego pago
“Hoje em dia, não dá pra se destacar só com o orgânico”, pontua Melo. Mais do que bons produtos ou serviços, o e-commerce de sucesso precisa de uma estratégia robusta de marketing digital. E isso tem um custo: você pode precisar investir em uma consultoria, além do valor gasto por ads.
Parcerias e influenciadores
A especialista alerta para o fato de que não há um único fator responsável pelo crescimento do negócio: “É um conjunto”, reforça. Uma estratégia robusta de Marketing Digital, segundo Melo, precisa contar com parcerias e influenciadores, capazes de alavancar a visibilidade da loja.
Identidade visual
Rebecca Melo acredita também que não vale a pena economizar na identidade visual do seu negócio. Afinal, ela é a porta de entrada na sua loja e te ajudará a impactar seu público. “É algo que vai diferenciar sua marca das outras”, conta.
Uma boa identidade visual requer a contratação de um designer. A boa notícia é que esse gasto não será recorrente.
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Os passos em direção ao controle financeira
Não existe receita de bolo ou passo a passo que garanta o sucesso, explica Rebecca Melo. Cabe ao empreendedor realizar testes e entender o que funciona para seu contexto.
No entanto, existem algumas medidas que colocam qualquer negócio virtual no caminho financeiro. Conheça:
- Separar as contas;
- Registrar tudo que entra e sai;
- Ter metas financeiras.
“Depois que você sabe os custos, você precifica corretamente a partir desses custos, você sabe quanto a sua empresa vai faturar e você sabe quanto precisa faturar para manter o negócio em funcionamento e ele lucrar”, diz.
O caminho em direção ao controle financeiro passa pela Conta Simples, que oferece os cartões corporativos que o empreendedor precisa, com conta corrente e software de gestão de gastos.